O gráfico acima compara a capacidade de segurança cibernética governamental nos países das Américas em 2000 (o eixo horizontal) e 2018 (o eixo vertical). A linha de 45 graus representa onde nenhuma mudança ocorreu entre os dois anos, enquanto os pontos que aparecem acima da linha e em verde indicam que uma melhoria estatisticamente significativa ocorreu. Enquanto um ponto vermelho indica um declínio estatisticamente significativo na capacidade de segurança cibernética entre 2000 e 2018. Observe que os Estados Unidos são o único país nas Américas que experimentou um declínio geral nessa métrica. Por outro lado, os Estados Unidos ainda são o país mais capaz do Hemisfério Ocidental, mesmo que tenha perdido capacidade em termos relativos nas últimas duas décadas.
A pergunta feita especificamente a especialistas: o governo tem pessoal e recursos tecnologicamente qualificados o suficiente para mitigar danos de ameaças à segurança cibernética? Observe que essa pergunta é implicitamente relativa ao período em questão, pois os recursos que eram suficientes em um ano podem ser insuficientes à medida que os tipos de ameaças potenciais se tornam mais avançados ao longo do tempo. A escala das classificações é:
0: Extremamente abrangente. Governos estrangeiros disseminam informações falsas sobre todas as principais questões políticas.
1: Principalmente abrangente. Governos estrangeiros disseminam informações falsas sobre muitas questões políticas importantes.
2: Um tanto abrangente. Governos estrangeiros disseminam informações falsas sobre algumas questões políticas importantes, mas não sobre outras.
3: Limitado. Governos estrangeiros disseminam informações falsas sobre apenas algumas questões políticas importantes.
4: De forma alguma, ou quase de forma alguma. Governos estrangeiros nunca disseminam informações falsas sobre questões políticas importantes.
Em resumo, mais escuro significa melhor e mais claro significa pior neste mapa, e podemos ver alguns padrões imediatos. Primeiro, os Estados Unidos estão em péssimas condições, com a 13ª pior classificação do mundo devido a intervenções estrangeiras bem divulgadas nas mídias sociais nos últimos anos. Além disso, observe que os outros países com desempenho ruim nesta métrica formam um anel em torno da Rússia, já que a intervenção russa online tem como alvo particular os estados da antiga União Soviética.
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Fábio Vasconcellos
Doutor em Ciência Política pelo IESP (2013) e mestre em Comunicação Social pela UERJ (2008). Professor associado da Faculdade de Comunicação UERJ. Temas de interesse: Comportamento Eleitoral; Comunicação Política; Eleições; Opinião Pública; Analise de Dados.